Diário de Bordo
NY, 24 de Julho de 2010.
Foi com muita alegria que pude no final do espetáculo receber o caloroso abraço e tirar fotos na companhia de Bill T. Jones. Creio que meu primeiro contato com o trabalho dele foi em 96 quando participei de Festival de Joinville e adquiri o vídeo Last Supper at uncle Tom´s Cabin/The promissede Land, os temas que ele trata me chamaram atenção de cara, fé, política, relações étnico-raciais, sexualidade. Desde então, tenho acompanhado o trabalho dele, de longe, mas sempre admirando sua coragem, originalidade de juntar em cena temas tão controversos. Durante o intervalo da conferência numa conversa com Selma Treviño, dançarina brasileira que mora a 7 anos em NY, ela perguntou se eu tinha visto o espetáculo, fiquei animada com a idéia, ao voltar para o hotel, tratei de comprar o ingresso para sábado, último dia, já que eu voltaria na segunda, bem na lida com o universo on-line, saiu lá número da poltrona 8 fila j, localização de primeira, não vou enconomizar para ver o Bill T. No sábado, me arrumei belamente, e chamei um taxi nas movimentadas ruas da downtow as 6 horas tudo com tempo, tinha olhado google maps, calculei chegar bem, antes e lá estava eu 7:20 no Lincoln Center, quando o vi o tamanho do lugar me assustei, pois se tratava de um complexo de prédios com teatro, cinema, etc... me deram a informação cujo ponto de referência era um alvo móvel, um ônibus, lá fui nervosa resolvi, confirmar e acabei me perdendo a hora se aproximava, e a maioria que perguntava não sabia também, por fim alguém com seu iphone localizou o endereço no google maps e lá fui, o teatro ficava no quinto andar de um shooping center, não foi fácil, achá-lo mas as 08 horas na poltrona 8 estava eu sentada, ouvindo o sinal. A localização do assento excelente, conseguia até ver os músculos em ação dos dançarinos. E sem intervalo, apreciar a obra prima de Bill T. Jones, na saída próximo de mim encontrei o Bjorn Amelan, que tinha conhecido na Conferência da Associação do Críticos, aonde ele tinha ido falar sobre dança, política e ativismo, conversamos um pouco, falei que era brasileira, depois encontramos a responsável figurino, senti que havia a possibilidade de ver Bill T. Jones, e lá fui, muito amigável, perguntou meu nome, disse que era musical, falou do meu sorriso, perguntou se eu era dançarina, se eu tinha gostado do espetáculo, tirámos foto, troquei contatos com o Bjorn, e saí dali, comprei camiseta, livro dos 25 anos da companhia, e senti aquele prazer, que tinha um sentido maior de ter feito aquela viagem.
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