quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Paz no mundo

 



Neste período de festividade além de desejar a Paz para  você, também desejo Paz para esse nosso mundo em turbulência, escrevo aqui as belas palavras da filósofa Hannah Arendt, que não abriu mão de seu amor pelo mundo: 
"O milagre que salva o mundo, a esfera dos negócios humanos, de sua ruína normal e natural é, em última análise, o fato do nascimento, no qual a faculdade de agir se radica ontologicamente. Em outras palavras, é o nascimento de novos seres humanos e o novo começo, a ação de  que são capazes em virtude de terem nascido. Só o pleno exercício dessa capacidade pode conferir aos negócios humanos fé e esperança. (...) Esta fé e esperança no mundo talvez  nunca tenham sido expressas de modo tão sucinto e glorioso como nas breves palavras com as quais os Evangelhos anunciaram a boa nova: "Nasceu uma criança entre nós".   

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
Um abraço carinhoso

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Potlach: Cerimônias da Doação






Sexta-feira, 18 de dezembro, participei da confraternização natalina na ACIC, Associação Catarinense de Integração do Cego. E penso novamente no Potlach, a cerimônia de troca que ocorre em algumas sociedades indígenas onde se doa o que se tem de mais valor; e foi pensando nisso que escolhemos o nome do nosso grupo de dança, pois em todos os nossos encontros acontece uma cerimônia de doação, cada um doa o melhor de si. E posso enumerar algumas dádivas que recebemos ao dançar, meditar, conviver com as pessoas com cegueira, compreendemos, por exemplo, que:
1.Confiar é correr riscos sabiamente;
2. A cegueira é uma experiência perceptiva;
3. A alegria é um tranquilo deleite;
4. A dança é solidária e não solitária;
5. Simplicidade é percorrer um caminho sem trilhas;
6. Contemplar é habitar a beleza daquilo que não se vê;


7. O espaço é um lugar dentro de si;
8. Ser eterno é viver o momento presente.

As fotos  foram capturadas por Cleide de Oliveira em 2009, durante ensaio do espetáculo Que sei eu? Atualmente nossos processos criativos exploram a experiência da dança, na meditação, na poesia e nas noções de tempo-espaço... seguimos com o Potlach

Gratidão a vocês pela colaboração oferecida ao Potlach: Fabiana Grassi Mayca, Amanda Massucci Batista, Diana Gilardenghi, Alberto Heller, Marina Moros, Rodrigo Gonçalves, Débora Dalsasso, Marcos José Müller, Hanna Luiza Feltrin




segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

FLAMENCO

Amigas do Flamenco

Todas as terças e quintas-feiras elas se encontram para dançar Flamenco,  se enfeitam,  flor no cabelo,  saia com babados,  umas até maquiam-se.  E assim começa a aula:  sorrisos  atravessam a sala iluminando o caminho de quem chega, os abraços ajudam restaurar o cansaço  do dia. Numa rápida troca de palavras,  tentam decifrar o olhar uma  das outras e é claro da nossa “maestra”  Chari Nobre também.

Se Sevilla tem uma coisa, podemos dizer que o Flamenco tem várias: amizade, solidariedade, beleza, alegria, amor, paixão e  a dose precisa de sofrimento, mas, se estamos  lá a bailar...  estamos vivas. E assim o Flamenco é uma celebração da vida. 

Mas o Flamenco também tem disciplina, determinação e muita repetição. E exige de  todas, que essa dança apreciam, muita dedicação.  A começar pelas palavras para sua compreensão: Há o cante, o baile,  guitarra e percussão.  Escutar bem os “compás”, as palmas e as castanholas envolta em cada mão.  Os ritmos de Andaluzia,  podem todas desfrutar nos  “palos”  como  soleá, zambra,  bulerias, taranto, fandango,  Sevillana  para alegre a festa acabar.

Minhas amigas convidaram para essas palavras  eu falar e aproveito a oportunidade  para uma poema declamar.
Ralph Waldo Emerson assim escreveu:
O que é o sucesso?
Rir frequentemente e muito.
Ganhar o respeito de pessoas inteligentes
e o afeto das crianças;
Merecer a apreciação de críticos honestos
e suportar a traição de falsos amigos.
Apreciar a beleza.
Encontrar o que há de melhor nos outros.
Deixar o mundo um pouco melhor,
seja através de um filho saudável,
um jardim
ou uma condição social redimida.
Saber que ao menos uma vida pôde respirar melhor porque você viveu.
Isso é ser  bem-sucedido.

Queridas, bom  saber que muitas vidas podem respirar melhor porque vocês existem!
Beijinhos com carinho, Feliz Natal e um maravilhoso Ano Novo!
Grata Chari por sua disposição e competência de nos ensinar a apreciar  essa arte que é o Flamenco