Sexta-feira, 18 de
dezembro, participei da confraternização natalina na ACIC, Associação
Catarinense de Integração do Cego. E penso novamente no Potlach, a cerimônia de
troca que ocorre em algumas sociedades indígenas onde se doa o que se tem de
mais valor; e foi pensando nisso que escolhemos o nome do nosso grupo de dança,
pois em todos os nossos encontros acontece uma cerimônia de doação, cada um doa
o melhor de si. E posso enumerar algumas dádivas que recebemos ao dançar,
meditar, conviver com as pessoas com cegueira, compreendemos, por exemplo, que:
1.Confiar é correr
riscos sabiamente;
2. A cegueira é uma
experiência perceptiva;
3. A alegria é um
tranquilo deleite;
4. A dança é
solidária e não solitária;
5. Simplicidade é
percorrer um caminho sem trilhas;
6. Contemplar é
habitar a beleza daquilo que não se vê;
7. O espaço é um
lugar dentro de si;
8. Ser eterno é viver
o momento presente.
As fotos foram
capturadas por Cleide de Oliveira em 2009, durante ensaio do espetáculo Que sei
eu? Atualmente nossos processos criativos exploram a experiência da dança, na
meditação, na poesia e nas noções de tempo-espaço... seguimos com o Potlach
Gratidão a vocês pela
colaboração oferecida ao Potlach: Fabiana Grassi Mayca, Amanda Massucci Batista,
Diana Gilardenghi, Alberto Heller, Marina Moros, Rodrigo Gonçalves, Débora
Dalsasso, Marcos José Müller, Hanna Luiza Feltrin
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