Hoje quando cheguei na biblioteca ao passar os olhos nas estantes fui capturada pelo livro intitulado "Writing Dancing in the Age of Postmodernism", de autoria de Sally Banes, publicado pela Wesleyan University Press,Hanouver and London. 1994. Li o índice, contracapa, introdução e algumas partes do primeiro capítulo. Ela explica que o texto é uma coleção de ensaios, palestras, publicados e não publicados,desde 1970.
Ao contornar a rampa, notei que um dos estudantes da faculdade de dança me observava, sorrimos, e ele acenou, enquanto, atravessava uma estante, na mesa circular, dividida em oito espacos, estou acompanhada de estudantes negras, neste momento são três. Elas conversam, uma mostra alguma coisa no computador, falam uma língua, parcialmente desconhecida, já comeco a perceber as nuances entre um idioma africano e outro. Isso por causa da igreja, pois no culto, que frequento aos domingos, é chamado de "multilingual", são vários cantigos, comentários em diferentes idiomas, agora chegou outra jovem e pelo estalo na língual, estao falando Xhosa, elas mudam de um idioma para o outro, misturam palavras... É uma polifonia...
O texto:
O que achei mais interessante, na do texto de Banes, foi a relação entre crítica e etnografia. Ela começa apontando a diferenca, etnógrafos ganham mais apoios para suas pesquisas, e vão para lugares mais interessantes. Ambos compartilham da mesma tarefa intelectual, nosso papel é de traduzir de modo, que a tradução não seja entre duas linguagens, mas entre experiência e linguagem, ente experiência e página. A experiência a ser escrita e a escrita em si mesma, ou o evento e sua representação. Esse envolve: qual exatamente a natureza da experiência? Quem realiza? Quando e onde a experiência acontece?
Banes comenta que a maior diferenca entre etnógrafos e críticos de dança está aonde a pesquisa acontece. O etnógrafo estuda o outro, e também o cotidiano, ambos espacos o critico de dança está bem longe disso. O que leva a diferença de métodos de pesquisa. O trabalhos de campo, observação participante, leva o etnógrafo a apreender uma língua estrangeira, viajar em diferentes lugares e culturas distantes, viver um ou dois anos em circunstancias difíceis.
Ela sugere que como críticos nós devemos ser mais como informantes da nossa cultura, do que etnógrafos de nós mesmos.
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