Um dos momentos mais prazeros do meu dia, quando estou a pesquisar, acontece aqui, entre os livros. Gosto do silêncio. Da luminosidade. Esse formato em espiral, me recorda a biblioteca em Nottingham. O barulho do ventilador. Um espirro... As janelas: pequenas frestras de vidro a me informar sobre o mundo la fora. Viro-me e vejo a montanha. Um dia azul, em brisa vejo as folhas moverem.
Que tarefa a minha de escolher palavras sem acento. Este meu teclado não aceita sinal... Por isso que escrevo em english... Me desculpe, Maria!
Hoje pesquisei sobre escrita e dança os autores Valerie Briginschaw and Ramsay Burt, ambos eu conheci na minha temporada na Inglaterra em 2002.
O artigo de Ramsay explora o corpo na dança como um site de memória corporal, no texto da Valerie as memórias corporais são uma parte integral do processo de criar movimento na dança.
Na sexta-feira fui no seminario do Gerard Samuel African Dance History, havia nove estudantes, dois rapazes, uma senhora e uma jovem brancas e a maioria negra. Alias, um dos estudantes sentiu-se inquieto com o tema da aula. A pergunta: Can dance be political or (a) political? And in apartheid SA? Provocou uma interessante discussão, e foi a jovem branca que mencionou sobre o processo de reconciliação. No final da aula fui conversar com ela, ela ficou de me trazer um material sobre a Drama e Comissão de Reconciliação.
Esses encontros me aproximam das vozes do silêncio, que vim aqui pesquisar...
O seminário, ao estilo de Barthes, acolhe as palavras, o silêncio, as interpretações, e assim testemunho como uma nação perdoa. A palavra perdão não se diz, mas se vive dia a dia.
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